Azeite oliva: preço do produto dispara no Brasil; veja motivo

Azeite oliva: preço do produto dispara no Brasil; veja motivo

O Brasil ocupa o posto de segundo maior importador de azeite do mundo, de acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI)

Nos últimos 12 meses até meados de outubro, o custo do azeite de oliva subiu aproximadamente 24,5%, revela o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), uma métrica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações são do portal G1

Esse aumento de preço é atribuído à seca persistente na Europa, que enfrenta sua terceira colheita de azeitonas consecutivamente afetada pelas altas temperaturas.

O Brasil ocupa o posto de segundo maior importador de azeite do mundo, de acordo com o Conselho Oleícola Internacional (COI). A produção nacional representa apenas 1% do consumo total de azeite no país, tornando-o sensível às oscilações ocorridas nos principais países produtores.

Na Europa, os preços do azeite dobraram, conforme dados da Comissão Europeia, impactando a economia de grandes nações produtoras, incluindo Espanha, Itália e Grécia, que combinam para 66% da produção global de azeite. 

A seca já atingiu níveis alarmantes, levando à realização de procissões locais para clamar por chuva, conforme relata Matheus Peçanha, economista do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o portal.

Entre 2022 e 2023, a produção de azeite na Europa registrou uma queda de 20%, incentivando compradores a buscar alternativas em países como Turquia, Tunísia, Marrocos e Argélia. Entretanto, a escassez resultante do déficit de produção levou essas nações alternativas a impor restrições significativas às exportações, incluindo proibições em alguns casos, na tentativa de conter a alta dos preços internos. No entanto, tal medida acabou intensificando ainda mais os valores no mercado global.