Viagem com cachorro: dicas, regras e orientações

Viagem com cachorro: dicas, regras e orientações

Vai fazer uma viagem de avião, carro ou ônibus com seu cachorro/gato? Descubra quais são as regras e orientações

Os cachorros e gatos fazem parte das famílias de muita gente e levá-los em viagens é algo cogitado em muitas ocasiões. Porém, você sabe o que pode ou não fazer ao viajar com seu pet? Cada meio de transporte tem suas regras e orientações para que a viagem seja segura e confortável para seu cachorro ou gato e também para você.

Por exemplo, para viajar de carro com seu cachorro, você precisa ter acessórios de segurança para evitar acidentes ou distrações e também saber sobre boas práticas na hora da viagem. Enquanto isso, a viagem de avião requer uma preparação prévia da documentação específica para garantir que a saúde do seu animal de estimação esteja em dia. E, você sabia que os cães e gatos também podem viajar de ônibus? Mas, para isso acontecer, você precisa comprar uma poltrona para ele ao seu lado.

Para todas as maneiras de viajar, um item recomendado pelos especialistas é a caixa de transporte. Isso porque ela mantém o seu animal seguro e protegido durante todo o trajeto. No entanto, existem vários modelos de caixa de transporte de pet disponíveis no mercado. Para te ajudar a escolher a melhor opção para você e o seu bichinho, a Proteste realizou um teste para avaliar as caixas de transporte de cães e gatos trazendo todas as informações para que você possa fazer uma escolha consciente e segura. Você conferir o resultado na Revista Proteste #235 por meio do App. Caso seja associado, você tem acesso ilimitado aos testes mensais. E, se você ainda não é associado, você pode adquirir a edição da revista.

Mas este não é o único ponto importante para ter uma viagem segura e tranquila com seu pet. No artigo abaixo você vai encontrar todas as dicas e orientações para viajar de carro, ônibus ou avião, seja em território nacional ou internacional.

O que é necessário para viajar de carro com o animal de estimação?

Muita gente pode pensar que para viajar de carro com o animal de estimação não precisa de seguir alguma regra ou se preocupar, mas isso não é verdade. Até para a viagem em carro próprio, o tutor deve seguir normas para ter um passeio seguro e dentro da legislação de trânsito.

Uma das normas do transporte de animais dentro do carro é que o cachorro ou gato deve usar peitoral e guia adaptada ao cinto de segurança para mantê-los presos aos bancos do veículos. Porém, a coleira simples – aquela que fica no pescoço – não é indicada, pois pode causar enforcamento ou fraturas no animal em casos de acidentes. Outro método recomendado é utilizar uma caixa de transporte adequada e também presa ao banco do veículo. E ainda existe a opção para os bichos de pequeno porte de usarem as cadeirinhas de pet, que também permitem limitar a movimentação deles dentro do veículo. Com o uso de um destes métodos, os pets podem viajar de forma segura e o motorista respeita as leis de trânsito para evitar acidentes.

Além da segurança do bichinho, todas estas regras têm como objetivo impedir que ele tenha acesso ao motorista. Isso porque o animal pode distrair o motorista e causar acidentes indesejados, assim como pode haver aplicação de multa em uma fiscalização. E engana-se quem pensa que tudo isso só é válido em viagens longas – todas estas normas são aplicáveis para qualquer passeio de carro que o seu bichinho faça.

Mas antes de sair pelas estradas com o seu pet, o tutor também deve se atentar à saúde do bichinho. É recomendado levar o pet ao veterinário para verificar se está tudo bem com ele e se a carteirinha de vacinação está em dia. Inclusive, você pode solicitar que o veterinário faça uma guia de trânsito animal para atestar as boas condições do pet em caso de fiscalização.

Quer mais uma dica? Organize sua viagem também pensando no bem-estar do seu pet. Para isso, planeje paradas frequentes para que o animalzinho possa esticar as patas, fazer suas necessidades e beber água. Com estas práticas, você vai evitar que seu bichinho passe mal ou fique desconfortável.

O que diz o Código de Trânsito Brasileiro sobre a viagem de carro com animais de estimação?

As viagens de carro com seu pet também podem ser alvo de multas e pontuação na CNH (Carteira Nacional de Habilitação) caso você descumpra alguma norma de direção de veículos. O Código Brasileiro de Trânsito tem regras para que o motorista não se distraia com os animais de estimação que está transportando.

A primeira regra é sobre transportar o animal à esquerda do motorista, que é uma infração média, com aplicação de multa de R$ 130,16 e 4 pontos na CNH. Outra regra diz que o animal não pode ser transportado na área externa do veículo ou com a cabeça para fora da janela. Neste caso, a infração é grave, com multa de R$ 195,23 e 5 pontos na carteira.

Uma terceira regra que também se aplica ao transporte de animais de estimação é sobre a distração do motorista. O condutor do veículo deve ter atenção plena à via e aos veículos ao seu redor. Deste modo, caso ele seja distraído por um animal solto no carro, ele pode cometer uma infração leve, que tem multa de R$ 88,38 e 3 pontos na carteira.

Outro ponto que podemos destacar é que o animal de estimação não pode ser transportado em motocicletas, seja dentro do perímetro urbano ou em estradas. Isso porque o pet não pode ser fixado de forma segura ao banco da motocicleta e pode influenciar no desequilíbrio do condutor caso se assuste com algo na via.

O que é necessário para viajar de ônibus com seu cachorro ou gato?

Os pets também podem viajar de ônibus junto com seu tutor. Neste caso, o dono do animal deve realizar a compra de uma passagem para o animal ser transportado no banco ao seu lado dentro do ônibus. Além disso, é necessário investir em uma caixa de transporte ou uma gaiola para mantê-lo seguro e dentro de um espaço limitado, sem incomodar os outros passageiros.

Cada empresa de ônibus tem suas próprias normas para permitir o acesso do pet ao interior dos veículos. Portanto, a indicação é sempre entrar em contato com a companhia para verificar as recomendações para sua viagem e do seu animalzinho, e ter em mãos o atestado de saúde do seu animal para evitar transtornos no trajeto e no local de destino.

Viajar com pet de avião: veja quais as regras e como funciona

Antes de viajar de avião com seu cachorro ou gato, o tutor deve saber quais são as regras do local de destino (Brasil ou exterior), as normas da companhia aérea para o transporte do animal de estimação e também a documentação necessária para comprovar a saúde do bichinho.

Um dos primeiros passos é verificar a documentação exigida em seu local de destino e na companhia aérea desejada. Em geral, os aeroportos e as companhias aéreas exigem um atestado de saúde do animal e o comprovante de vacinação em dia. Segundo a legislação, é obrigação do dono apresentar estes documentos, que são considerados comprovantes de cumprimento de requisitos sanitários. É importante levar em consideração o prazo de emissão determinado por cada companhia ou local de destino. Em regra, para viagens no próprio Brasil, o comprovante costuma ser aceito com emissão de 10 dias antes do embarque. E, para viagem internacional, o prazo é diferente, de 3 dias. Para isso, sempre mantenha a carteirinha de vacinação do seu pet em dia. Apesar destas orientações, vale ficar de olho nas regras específicas da sua companhia aérea e destino, pois as normas podem mudar.

Após conferir tudo isso, o próximo passo é realizar a compra da passagem. Para viajar de avião com seu pet, você deve comprar a passagem do animal com antecedência, pois as companhias aéreas podem limitar o número de animais em cada voo e não ter a disponibilidade desejada pode ser um empecilho para a sua viagem.

Depois, o tutor deve se atentar às regras de transporte do pet no avião. Para isso, verifique o limite de peso e tamanho do bicho de estimação permitido em cada categoria de viagem – seja na cabine, no bagageiro ou na área de carga. Além disso, vale checar qual o método mais recomendado para transportá-lo. Uma dica geral é que ele seja levado em uma caixa de transporte adequada ao seu tamanho e peso e com material que absorva fezes e urina.

Além de tudo isso, é crucial se atentar às boas práticas para manter o animal calmo e preparado para a longa viagem. Para isso, na prática, a ideia é acostumar o seu pet ao que ele poderá encontrar no trajeto. Que tal colocá-lo para ouvir barulhos de turbinas de avião em um vídeo pelo celular? Assim, ele já estará acostumado com os sons e não será uma novidade assustadora quando isso acontecer e ele estiver longe de você. Ou, ainda, familiarizá-lo com aglomerações ao levá-lo para ruas movimentadas da sua cidade ou até em um shopping center, por exemplo. Mas, mais do que isso, o que importa é que você saiba qual é o temperamento do seu animal e como deixá-lo o mais confortável e seguro possível durante toda a viagem. Veja mais dicas aqui.

Normas para viajar de avião com o cachorro ou o gato para destinos internacionais

Cada destino internacional tem suas próprias exigências e normas para receber animais de estimação. Assim, a melhor recomendação antes de agendar a viagem com seu cachorro ou gato, assim como em território nacional, é pesquisar sobre o local de destino e também as regras da companhia aérea para não ter imprevistos na hora do embarque e se frustrar.

De modo geral, a recomendação para viagens internacionais com pet é ter a autorização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio de um veterinário registrado no Conselho Federal de Medicina Veterinária, chamada de Certificado Veterinário Internacional (CVI). O médico veterinário deve emitir um atestado sanitário para garantir a boa saúde do animal e a documentação de vacinação de acordo com a legislação do local de destino. Geralmente, o CVI é emitido em português e no idioma do local de destino. Você pode ver mais detalhes na área de Perguntas Frequentes do Ministério da Agricultura e Pecuária.

Outro ponto é o tempo de validade da documentação de requisitos sanitários. Para viagens internacionais, o atestado sanitário costuma ser exigido com a data de emissão de até três dias antes da viagem.

Se o seu destino for a Europa, existe mais uma exigência a ser seguida: todo cachorro ou gato deve ter um microchip sob a pele com as informações do tutor, além de estar com a vacina antirrábica, teste de sorologia e documentação emitida pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) em dia.

Realizar todo este processo pode demorar cerca de três meses, tanto para Europa, como para os Estados Unidos. Por outro lado, a preparação para uma viagem com seu pet para o Japão pode demorar até 8 meses – e isso porque existe um período de espera maior para a emissão da documentação.

Como é feito o transporte do animal de estimação no avião?

Em uma viagem de avião, o seu animal de estimação pode ser transportado em três compartimentos diferentes:

-Cabine: é quando o pet viaja junto com o tutor na cabine principal do avião, que é a área dos passageiros. Aqui, o cachorro ou gato fica o tempo todo acompanhado do tutor e dentro de uma caixa de transporte. Porém, este método de viagem não é para todos os animais por causa das limitações de peso e tamanho determinadas por cada companhia aérea.

-Bagagem despachada: é quando o animal de estimação é transportado na área do bagageiro da aeronave. Aqui, ele irá junto com as outras malas dos passageiros e é despachado na hora do check-in dentro de uma caixa de transporte de acordo com as normas da companhia aérea.

-Carga: é quando o animal de estimação é despachado na área de carga do aeroporto. Nesta modalidade, o pet também deve estar em uma caixa de transporte adequada e recebe um código de rastreamento e pode ser submetido a fiscalização alfandegária.