Por que brasileiros gastam mais com automóveis do que com alimentação?
Nova reforma tributária pode gerar aumento entre 25% e 33% nos serviços automotivos
Dados coletados pelo IPC Maps, relatam que desde o início da pandemia, em 2020, os preços das autopeças e dos automóveis tiveram uma alta, e mesmo com esse aumento, o consumidor continuou priorizando gastar mais com o carro do que com gastos prioritários como mercado e domicílio. É esperado que em 2023 continue assim e o segmento movimente R$731,7 bilhões.
De acordo com a Federação dos Revendedores de Veículos Usados, foram vendidos, em agosto, 1.315.179 veículos usados no Brasil. Esse número resulta em um aumento de 10,9% sobre o total computado de julho. Toda essa procura por veículos antigos é causada pelo aumento do valor dos carros novos, porém, os gastos de manutenção precisaram aumentar na mesma intensidade.
O responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini, disse que “a crescente demanda por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor quanto pelos trabalhadores, justificam essa alta no setor”. Em 2022 houve uma alta de 5,3% das lojas de reparação de carros e, atualmente, são 909.122 empresas do ramo no Brasil.
Conforme divulgado pelo portal G1, esse gastos com manutenção de veículos podem piorar cada vez mais a situação atual dos consumidores, pois com a reforma tributária, os economistas estão prevendo que os produtos industrializados terão uma queda no seu valor, mas os serviços aumentarão. Aprovada pela Câmara dos Deputados, ela implanta uma carga tributária entre 25% e 33%.