FGTS Futuro: o que é e quem pode utilizar o financiamento
FGTS Futuro é uma funcionalidade do ‘Programa Minha Casa, Minha Vida’ e deverá entrar em vigor em breve para beneficiar as famílias de baixa renda
O FGTS Futuro é uma nova iniciativa do Governo Federal do Brasil para facilitar o acesso à casa própria para famílias de baixa renda. O principal objetivo do projeto é aumentar a capacidade de pagamento destas famílias, seja para conseguir um imóvel com o valor maior ou reduzir o valor da parcela mensal.
No entanto, esta iniciativa ainda não está em vigor, mas já está na fase final de regulamentação para entrar na lista de opções de quem quer financiar um imóvel por meio do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Quer saber mais sobre o FGTS Futuro? Continue lendo:
O que é o FGTS Futuro?
O projeto do FGTS Futuro foi previsto na lei nº 14.438/2022 e visa ser um facilitador para que pessoas de baixa renda possam conquistar a casa própria por meio do financiamento. Nesta modalidade, a pessoa autoriza o uso dos depósitos futuros do empregador na conta vinculada ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para amortizar o contrato do imóvel. Ou seja, o valor que será depositado no futuro, no caso de pessoas com contrato CLT, poderá ser usado como comprovante de renda maior na hora de negociar um financiamento. Assim, a pessoa pode conseguir um valor maior para a compra do imóvel ou conseguir uma parcela menor no contrato.
Este projeto deverá beneficiar as pessoas que fazem parte da Faixa 1 do Programa Minha Casa, Minha Vida, que são as famílias com renda de até R$2.640 mil por mês e que tenham emprego formal. A intenção da iniciativa é criar mais um facilitador para as famílias que possuem alto comprometimento com gastos essenciais e que não podiam financiar um imóvel por causa do valor da parcela. Com este novo projeto, elas poderão fazer um financiamento habitacional com o uso do crédito futuro em sua conta do FGTS.
Porém, o FGTS Futuro ainda não está disponível. Isso porque está na fase de regulamentação no Conselho Curador do FGTS, que vai adequar o projeto para ser executado pela Caixa Econômica Federal. A previsão é que este benefício, quando estiver em vigor, beneficie cerca de 60 mil famílias. No futuro, deverá ser expandido para famílias com renda de até R$8 mil mensais.
Como vai funcionar?
A intenção é que o crédito futuro do FGTS seja utilizado para amortizar o financiamento habitacional. Aqui, a família pode reduzir o valor da prestação mensal ao contar com o valor que será depositado em sua conta do FGTS pelo empregador. Vale lembrar que o empregador de um funcionário CLT (com a carteira assinada) deposita o valor equivalente a 8% do salário do trabalhador no FGTS. E este é o valor que será levado em consideração nesta modalidade.
De acordo com o Ministério das Cidades, esta modalidade deverá funcionar da seguinte forma: “Para exemplificar, uma família com renda de R$ 2 mil mensais conta com um depósito mensal de cerca de R$ 160 reais em sua conta vinculada [ao FGTS]. Caso essa família aprove junto à instituição financeira um financiamento que comprometa 22% de sua renda mensal (prestação de R$ 440), ela financiaria cerca de R$ 100 mil reais, considerando a menor taxa de juros oferecida pelo fundo e o prazo máximo de amortização, 420 meses. Caso essa família opte por utilizar os recursos dos depósitos futuros da sua conta pelo período de 60 meses (5 anos), seu financiamento poderia ser ampliado em cerca de 9%, chegando a cerca de R$ 108 mil reais”.
Quando a pessoa opta por esta modalidade de financiamento, a Caixa Econômica Federal ficará responsável por repassar para o banco os futuros depósitos do empregador no FGTS para o pagamento completo da parcela. Assim, o comprador do imóvel paga a sua parte da parcela e a Caixa repassa o restante do valor.
Lembre-se que a utilização ou não do FGTS Futuro é uma decisão de quem vai financiar um imóvel. Existem outras modalidades de financiamento que podem ser melhores para você. O melhor jeito de saber o que é mais adequado para você é conversar com seu banco e/ou com os funcionários da Caixa Econômica Federal para ver qual é a modalidade mais vantajosa para o seu caso.
Qual é o risco deste financiamento?
Um dos principais riscos desta modalidade de financiamento é a possibilidade da pessoa perder o emprego. Caso o comprador do imóvel por meio do FGTS Futuro seja demitido e fique sem o depósito mensal do empregador, ele deverá arcar com o valor integral da prestação. Ou seja, a pessoa precisa ter consciência de que precisará pagar a sua parte da parcela e também os 8% do salário anterior que seria depositado na conta do FGTS pelo antigo empregador.
Caso não consiga pagar o valor integral da parcela, a pessoa pode correr o risco de perder o seu imóvel. Por isso, antes de fazer o financiamento, saiba deste risco e veja se realmente é a melhor opção para você e sua família.
