Enem 2023: vai ter mudança na correção da redação? Inep responde
As provas estão marcadas para acontecerem nos dias 5 e 12 de novembro
Nas vésperas do Enem 2023 (Exame Nacional do Ensino Médio), que acontecerá nos próximos dias 5 e 12 de novembro, surgiram especulações sobre possíveis mudanças na correção da redação, o que gerou grande repercussão nas redes sociais e deixou os internautas ansiosos e preocupados.
No entanto, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) afirma que não foram feitas alterações no formato de correção da prova.
A discussão teve início após a divulgação de uma cartilha exclusiva para os corretores da redação. Alguns professores que também participam da correção da prova notaram algumas mudanças. Segundo a professora Marina Rocha, do Colégio e Curso AZ e corretora oficial do Enem desde 2016, para o jornal O Globo, as alterações não foram significativas, mas introduziram uma nova regra na Competência 1 (C1).
Essa mudança está relacionada à avaliação da Competência 1, que analisa a escrita e o domínio do aluno em gramática, ortografia, sintaxe e registro. Anteriormente, os erros eram categorizados como desvio ou falha. Para obter a nota máxima nessa competência, o candidato poderia cometer até uma falha e dois desvios. Antes, ele poderia errar uma vez na estrutura sintática, como duplicar palavras, por exemplo. E até duas vezes na gramática, ortografia ou registro, como vírgula, crase, concordância e regência.
De acordo com a professora, este ano, as questões gramaticais deixaram de ser consideradas desvios e passaram a ser classificadas como falhas. Agora, o candidato pode errar vírgula apenas uma vez, por exemplo. Se cometer dois erros desse tipo, perderá pontos, mas, por outro lado, se errar apenas uma vírgula e duas crases, ainda receberá a nota máxima.
Apesar do que foi notado por alguns profissionais, o Inep argumenta que a cartilha é apenas uma versão preliminar, e o material definitivo para orientar os corretores será fornecido durante as capacitações presenciais. De acordo com o instituto, não houve qualquer modificação nas regras de avaliação da prova.
No Enem, os candidatos são obrigados a redigir um texto dissertativo-argumentativo com no máximo 30 linhas, abordando um tema de ordem social, científica, cultural ou política. A redação deve sustentar uma opinião sobre o tópico proposto, apoiada por argumentos consistentes, fundamentados em diversas áreas do conhecimento.
Além disso, o texto deve apresentar coerência e coesão, concluindo com uma proposta de intervenção social para resolver o problema abordado ao longo dos parágrafos.