Seguro viagem: contrate com segurança
Quem teve a viagem adiada em função da pandemia, ou resolveu aproveitar a queda no preço das passagens, precisa saber que um bom seguro viagem é essencial.
Muitos planos foram adiados em decorrência do fechamento de fronteiras. Quem tinha uma viagem programada nesse período precisou mudar a data e começar um novo planejamento. Além disso, o preço das passagens aéreas caiu e muitos brasileiros já estão comprando pacotes para 2021. No entanto, é preciso lembrar que, ainda mais depois da pandemia, o seguro viagem se tornou essencial.
Afinal, já imaginou precisar de um atendimento médico, fora do país, em uma situação semelhante à da Covid-19, e não ter cobertura? Ou ter que remanejar sua passagem, em função de um acidente pessoal ou qualquer outro imprevisto?
“Ao contratar um seguro viagem, é importante pesquisar quais coberturas você terá direito, os limites de indenização para cada uma delas e os riscos excluídos”, orientou Rodrigo Alexandre, especialista da PROTESTE.
Você sabe quais são as coberturas de um seguro viagem?
Rodrigo destaca que o seguro viagem é um produto distinto do seguro saúde. “No caso do seguro saúde, o consumidor paga um prêmio a uma seguradora, buscando possuir cobertura para despesas médicas relativas a consultas, exames laboratoriais, tratamentos diversos, cirurgias, entre outros”, explicou. A mensalidade, neste caso, varia conforme o risco potencial de futuros custos com tratamentos.
Ao contratar um seguro viagem, é importante pesquisar quais coberturas você terá direito, os limites de indenização para cada uma delas e os riscos excluídos.
“Já o seguro viagem é um serviço que presta assistência ao consumidor durante a viagem, buscando auxiliar em caso de imprevistos, como emergências médicas, cancelamento de voo, extravio de bagagem, entre outros”, disse.
Ou seja, o seguro viagem não é um plano de saúde, embora também atenda emergências médicas. Normalmente, várias coberturas estão inclusas:
- assistência para localização de bagagem extraviada;
- indenização em caso de perda ou roubo de bagagem;
- repatriação médica ou funerária;
- remarcação de passagens;
- seguro no caso de interrupção ou cancelamento da viagem, em caso de emergência médica;
- despesas com assistência jurídica.
Existem ainda seguros para casos específicos, como gestantes, idosos e estudantes em viagem de intercâmbio.
Quais os cuidados ao contratar?
De acordo com Rodrigo, é fundamental ter atenção. “Procure saber a procedência da empresa que está oferecendo o produto, se ela atua há bastante tempo no mercado, se existem boas referências de pessoas que já utilizaram o seguro”, sugeriu.
“É indicado também pesquisar a empresa em sites de reclamações na internet, como o RECLAME, da PROTESTE. Se for uma seguradora, verifique no site da Susep se ela tem autorização para oferecer o produto e se o seguro é registrado”, completou o especialista.
Rodrigo destacou, ainda, que o consumidor deve verificar se existe obrigatoriedade de seguro no lugar de destino. Para entrar nos países europeus signatários do Tratado de Schengen, por exemplo, é obrigatório um seguro médico hospitalar no de no mínimo € 30.000, para garantir assistência médica por doença ou acidente.
Dentre os países que fazem parte do tratado estão: Áustria, França, Alemanha, Itália, Grécia, Portugal, Espanha, entre outros. É possível conferir a lista completa aqui.
Vale a pena viajar apenas com o seguro oferecido pelos cartões de crédito?
Várias operadoras de cartões de crédito oferecem o serviço de seguro viagem gratuitamente, como uma forma de benefício a seus usuários. Para ter direito à assistência, é necessário comprar as passagens com o meio de pagamento.
É fundamental solicitar uma cópia do contrato e verificar se as coberturas satisfazem às necessidades.
Assim, de acordo com Rodrigo, caso o consumidor possua um cartão de crédito e pretenda viajar, antes de contratar um seguro viagem, vale a pena entrar em contato com a operadora e verificar se o serviço está incluso. “É fundamental solicitar uma cópia do contrato e verificar se as coberturas satisfazem às necessidades”, alertou o especialista.
Segundo ele, é preciso atenção, pois cada cartão oferece um tipo de serviço. “Alguns cobrem apenas acidentes pessoais ocorridos durante sua viagem. Neste caso, as despesas médico-hospitalares não estariam cobertas. Ou seja, o seguro viagem oferecido pelo cartão não seria suficiente, tornando necessária a contratação de outro serviço para complementar o ofertado pelo cartão”, esclareceu.