Seguro de automóvel: como funciona e qual é o melhor
Serviço cobre prejuízo em caso de acidente, mas há uma alta variação de preços entre as seguradoras
A procura por emplacamento de novos veículos aumentou 8% entre janeiro e abril de 2021, em comparação ao mesmo período no ano passado. Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Com mais carros trafegando pelas ruas, cresce a importância do seguro de automóvel, uma ferramenta estratégica para a proteção dos motoristas.
O serviço garante o pagamento de uma indenização para cobrir imprevistos, como acidentes e furto. Assim, você consegue reparar danos materiais, custear os procedimentos médicos de uma vítima, passageira do veículo, ou receber o dinheiro em caso de furto ou roubo do bem segurado.
Devido a vasta opção e complexidade do tema, a contratação do seguro automotivo sempre gera dúvidas no público. As empresas praticam valores muito diferentes e as regras para acionar o serviço, às vezes, são difíceis de entender. Por isso, fica difícil saber qual é a melhor opção do mercado.
Calma, que a PROTESTE vai ajudar. Nós avaliamos dez seguradoras de automóvel para saber qual delas oferece o melhor custo-benefício aos consumidores. Saiba como os testes aconteceram.
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Como funciona o seguro de automóvel?
Esse tipo de seguro se divide em cobertura básica e coberturas adicionais, que você pode contratar conforme a necessidade. O pacote básico, também chamado de cobertura compreensiva, abrange prejuízos decorrentes de colisão, incêndio, enchentes e roubo ou furto. Já os adicionais são bastante variados.
A PROTESTE aconselha que uma boa apólice de seguro deve prever as seguintes coberturas opcionais:
– Responsabilidade Civil Facultativa (RCF) para danos materiais, que cobre o prejuízo de terceiros envolvidos no acidente;
– RCF para danos corporais, que indeniza eventuais danos físicos dessas pessoas;
– Acidentes Pessoais de Passageiros (APP), para morte ou invalidez dos passageiros do próprio veículo, se houver acidente;
– Assistência 24 horas, para outros tipos de imprevisto.
Se você tiver que acionar o seguro do carro, tenha em mãos o número da apólice e um documento de identificação. Depois, é só seguir as instruções fornecidas. Será necessário, por exemplo, preencher o formulário de aviso de sinistro.
Para o conserto do automóvel, basta ir a uma oficina mecânica de sua preferência. As seguradoras têm uma lista de oficinas credenciadas, que oferecem vantagens e um serviço de qualidade, mas nada impede que você acione outro estabelecimento.
O que é a franquia do seguro?
Além de pagar pelo seguro, propriamente dito, muita gente precisa desembolsar a quantia extra da franquia. Esse é um valor, determinado no contrato, que fica sob responsabilidade do cliente. Na prática, a seguradora e o contratante dividem o prejuízo.
Vamos para uma situação ilustrativa. Digamos que a franquia do automóvel seja de R$ 1,5 mil. Após um acidente, o mecânico estipula o conserto do carro em R$ 5 mil. Então, o segurado deverá pagar os R$ 1,5 mil previstos no contrato e a empresa vai cobrir a diferença, que é R$ 3,5 mil.
Lembre-se que isso só vale para danos parciais ao veículo. Ainda, se o preço do conserto ficar abaixo do valor da franquia, o seguro do automóvel não será acionado.
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Quando ocorre a indenização integral?
Quando os prejuízos atingem 75% ou mais do valor contratado no seguro, estamos diante de um quadro para indenização integral. É isso que ocorre se houver perda total do veículo, mas também vale para casos de roubo ou furto.
Numa situação dessas, o segurado deve preencher o formulário de aviso de sinistro e apresentar a documentação definida no contrato. O prazo máximo para o pagamento da seguradora é de 30 dias a partir da entrega de todos os documentos.
Vale destacar que o período pode ser suspenso se a empresa solicitar documentos ou informações complementares, desde que exista um motivo justificável. Havendo suspensão, o restante do tempo volta a correr assim que as exigências forem atendidas.
Como funciona a assistência 24h do seguro do carro?
O pacote de assistência 24 horas é uma das coberturas mais básicas que as seguradoras oferecem. Ele pode ser útil em momentos imprevisíveis, como uma pane elétrica.
Já imaginou se seu carro parar no meio da estrada? É para solucionar perrengues assim que o serviço existe. O seguro automotivo providenciará o reboque, além de um veículo reserva para você circular, caso esteja em contrato.
Também é possível recorrer a essa alternativa quando os dois pneus furam ao mesmo tempo e não tem borracharia por perto ou quando você tranca o automóvel com a chave dentro e precisa de um profissional para resolver o problema.
Regulamentação do seguro de automóvel
A Superintendência de Seguros Privados (Susep) é o órgão federal responsável pela regulamentação desse mercado. A entidade foi criada em 1966, com a instituição do Decreto-Lei Nº 73, que regula as operações de seguros e resseguros no Brasil.
A Susep realiza o controle e a fiscalização das empresas de forma a zelar pelos interesses do consumidor. Portanto, se você tiver alguma reclamação ou dúvida em relação à apólice de seguro, pode encaminhá-la para a autarquia ou, então, a uma entidade de defesa do consumidor.
O site da Susep traz uma página de perguntas frequentes sobre seguro de automóvel. Vale a pena conferir.
Como calcular o preço do seguro de automóvel?
A precificação do seguro automotivo varia bastante. Isso acontece porque cada companhia tem critérios específicos de tarifação. O preço depende de fatores como:
– Tipo de pacote escolhido (quanto mais completa a cobertura, mais cara);
– Perfil do condutor principal (idade, estado civil, tempo de habilitação etc.);
– Nível de segurança na área de circulação (se o segurado mora numa zona onde há muitos roubos de carros, o valor aumenta);
– Marca e modelo do veículo (o que determina questões como o custo médio de manutenção).
Em tese, um motorista jovem pagará mais caro pelo seguro de automóvel, pois ainda não tem tanta experiência ao volante e corre mais risco de se envolver num acidente. Já uma mãe de família, sem histórico de multas, pode receber um desconto.
No entanto, vale ressaltar que cada seguradora tem os próprios critérios de cálculo. Sendo assim, evitamos estabelecer uma fórmula mágica para calcular o preço do serviço.
PROTESTE avalia as seguradoras de automóvel
Agora, com tantas variáveis que incidem sobre o preço do seguro de carro, como encontrar o melhor custo-benefício? Para responder esse questionamento, a PROTESTE avaliou as opções disponíveis no mercado.
A amostra de nosso teste comparativo incluiu as dez seguradoras que oferecem seguro auto no portfólio. Nós simulamos 30 cenários, considerando modelos de veículos e tipos de condutor, em cinco cidades do país. Ao total, chegamos a 237 cotações.
Os critérios observados para avaliar os planos foram os seguintes:
– Exclusões (situações que isentam a seguradora de pagar a indenização);
– Âmbito territorial (cobertura geográfica do pacote, ou seja, se o seguro pode ser acionado em todo o Brasil ou fora do país);
– Bônus (desconto para clientes que não têm histórico de acidentes);
– Franquia (valor da participação mínima no prejuízo e em quais eventos o segurado deve participar);
– Assistência 24 horas (serviços oferecidos);
– Liberdade de escolha da oficina (possibilidade de realizar o conserto em uma oficina não credenciada à seguradora);
– Prazo para o pagamento da indenização integral (se cumprem o tempo estipulado em lei).
Teste apontou alta variação de preços
O teste do seguro de automóvel da PROTESTE revelou dados surpreendentes. Os pontos mais preocupantes estão relacionados às exclusões, franquia e bônus. Em muitos casos, faltam informações precisas para o cliente entender quais são as condições da apólice.
O consumidor acaba não sabendo se estará protegido em qualquer situação ou se receberá desconto por bom comportamento ao volante.
Além disso, tem o fator preço. Num dos cenários projetados, a diferença de valores entre as empresas ultrapassou os R$ 3 mil anuais. Com esse dinheiro, seria possível contratar um segundo seguro!
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Como contratar um seguro de automóvel?
Aqui vão três dicas que facilitarão sua busca pelo serviço ideal para o seu perfil:
- Fale a verdade
Ao fazer a cotação, você deverá preencher um questionário de risco. As respostas ajudarão a compor seu perfil, que determina o cálculo para o valor do seguro. Evite omitir informações. Caso a seguradora descubra que houve má-fé, para obter um pacote mais barato, ela poderá se recusar a pagar a indenização.
- Pesquise preços
A variação de preços nesse setor é bastante alta. Desse modo, resta ao consumidor conduzir uma pesquisa para comparar os pacotes das seguradoras. Outra opção é acessar o resultado do teste da PROTESTE. Procure uma opção de cobertura que satisfaça suas necessidades e contrate um seguro compatível com seu perfil e seu orçamento.
- Leia o contrato
O seguro prevê situações que isentam a empresa de pagar a indenização ou limitam o poder de escolha do consumidor. Essas cláusulas se tornam armadilhas para o público desatento. Portanto, antes de assinar o contrato, leia atentamente cada linha e tire todas as dúvidas.
Informe-se com a PROTESTE
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A PROTESTE, a maior associação de consumidores da América Latina, ajuda na garantia dos seus direitos do consumidor e na boa prestação de serviço ou aquisição de produtos.
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