Portas fechadas: quais os direitos dos clientes de uma empresa que deixa o país

Portas fechadas: quais os direitos dos clientes de uma empresa que deixa o país

Diante da notícia do encerramento das atividades da Ford no Brasil, consultamos o especialista do serviço de defesa do consumidor da PROTESTE para entender os impactos na vida dos proprietários

Na segunda-feira, os consumidores brasileiros se surpreenderam com a notícia sobre o encerramento da produção dos veículos da Ford no país. Quinta maior vendedora de carros no Brasil, a Ford continuará comercializando os seus produtos por aqui, mas eles virão principalmente da Argentina e do Uruguai. A PROTESTE, maior associação de consumidores da América Latina, conversou com o especialista do serviço de defesa do consumidor Guilherme Souza para saber quais os impactos desta decisão na vida dos clientes da montadora – e de quaisquer outras empresas que encerram as atividades no país.

Suporte, assistência e manutenção de fábricas

A empresa que passa por este processo, de encerrar suas atividades no país, não está dispensada do atendimento pós-venda. No caso da Ford, mesmo deixando de fabricar veículos em território nacional, a montadora precisa manter seu serviço de suporte técnico, assistência e manutenção por longo período, já que não podemos admitir, por exemplo, que um veículo de dez anos de uso não tenha mais peças de reposição. Segundo comunicado feito à imprensa, a Ford afirmou que todos os clientes seguirão com assistência de manutenção e garantia e manterá sua sede administrativa para a América do Sul em São Paulo, o Centro de Desenvolvimento de Produto na Bahia e o Campo de Provas em Tatuí-SP, que continuarão a trabalhar no desenvolvendo de tecnologias e produtos para a região e outros mercados globais. Logo, a empresa ficará responsável por todo o grupo de consumidores enquanto tivermos ampla circulação de veículos dela.  Portanto, confiamos que não haverá problemas na prestação desse atendimento.  De qualquer forma, caso a empresa adotasse postura diversa, seria possível ingressar com ações individuais ou mesmo coletivas para garantir indenizações aos consumidores que possuam veículos da marca.

Pontos de atenção

A PROTESTE orienta os consumidores a acompanhar as informações sobre os serviços de assistência técnica que continuarão disponíveis; certificar-se que os contatos de atendimento da Ford permanecerão os mesmos; se o preço dos seguros pode variar; se a seguradora pode recusar cobertura de carros da marca, etc. Importante ressaltar que o PROCON-SP  enviou uma  notificação à montadora solicitando explicação sobre como ela irá garantir os direitos dos seus clientes e se haverá algum ônus ao consumidor.

 

 

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