Lutando contra o endividamento: como pequenas decisões impactam diretamente nos seus gastos no final do mês
Entenda como economizar nas contas de casa através de dicas pontuais para evitar gastos inesperados e manter o orçamento em dia.
Desde que somos pequenos somos ensinados o valor do dinheiro e como ele é importante quando chegamos a vida adulta. Nesse sentido, somos alertados por nossos pais desde sempre que devemos cuidar bem do que ganhamos e que devemos guardar sempre que sobrar.
Muitos começam a ter contato com isso ao passarem a receber mesada, e a partir daí são apresentados a esse conceito de administrar o próprio dinheiro.
Por mais que uma simples mesada na infância seja algo muito menor do que lidar com um salário e contas para pagar no final do mês, ela é algo que nos introduz a esse mundo de finanças e é um passo importante na educação financeira de cada um.
A verdade é que ganhando ou não mesada, todo mundo precisa aprender a lidar com dinheiro e entender conceitos básicos ligados a ele. Afinal, é através dele que compramos não só coisas para nossa sobrevivência, como alimentos e remédios, como é ele que proporciona momentos de lazer onde nos sentimos bem e realizamos nossos sonhos.
No entanto, é a falta de um olhar mais crítico sobre isso desde a infância que faz com que os brasileiros sejam um dos povos mais endividados do mundo.
Estamos acostumados a deixar a administração de finanças em segundo plano por boa parte de nossas vidas, mas chegamos na fase adulta e nos deparamos com dívidas, juros e faturas de cartão que parecem sufocar. Mas como lidar com isso?
A importância dos pequenos atos
É fácil dizer que não temos saída quando as dívidas se acumulam e parecem somar muito mais do que é possível pagar, mesmo a longo prazo. Mas para entender como sair disso, primeiro é preciso entender como se chegou até lá.
A dívida, nada mais é, do que uma quantia que se tem que pagar a algum lugar ou pessoa, mas o que leva alguém, a não pagá-la? Em muitos casos, o problema vai muito além de não ter a quantia na conta para pagar e passa, na verdade, pelos hábitos financeiros e de consumo, que a longo prazo, podem cobrar preços muito altos a quem insiste em não se organizar financeiramente.
A questão mais importante dentro disso, é entender que muitas vezes o resultado final é a soma de pequenos atos anteriores, o que ajuda explicar porque muitas pessoas encontram problemas financeiros por falhas na administração de seu dinheiro.
Mas que pequenos atos são esses e como lutar contra eles? É exatamente isso que veremos a seguir!
Separamos algumas atitudes essenciais que você deve tomar em relação ao seu dinheiro e como elas ajudam a diminuir os gastos inesperados e os rombos no orçamentos. Preste atenção e descubra o melhor caminho para manter a saúde da sua conta e as suas despesas em dia. Vem com a gente!
Transformando sua relação com o dinheiro
Em um mundo cada vez mais conectado e bombardeado por publicidade, é quase impossível fugir de todos os estímulos de consumo que recebemos diariamente. Para lidar com isso, é preciso transformar a forma como você enxerga seu dinheiro.
Essa pequena mudança na percepção pode gerar ganhos tremendos para o seu orçamento pelo simples fato de que você poderá analisá-lo de forma mais racional.
Abdique da mentalidade do consumo desenfreado e passe a entender o seu capital como uma ponte para o alcance de um patrimônio sólido. Ou seja, pare de ver o dinheiro como um pedaço de papel, ou um número no aplicativo do banco, que você usa para trocar por coisas, entenda que ele é fruto do seu trabalho e deve ser valorizado também a longo prazo.
Ao ver as notas e os números da sua conta bancária você pode esquecer de que eles são resultados das horas investidas no trabalho. Então, diante de cada compra, questione-se sempre sobre o verdadeiro valor dela.
Colocando os custos em proporção
Um problema que assola grande parte das pessoas que sentem dificuldade em lidar com dinheiro é se perder diante do valor de cada compra.
Se pararmos para pensar, compramos coisas praticamente todos os dias. Isso ocorre desde aquele chiclete de menos de R$10,00 na banca até aquele Videogame de mais de R$3.000,00 que sempre foi seu sonho de consumo. Isso faz com que o valor percebido de cada coisa se misture na nossa cabeça, afinal são valores muito diferentes.
Para entender como isso pode ser prejudicial, vamos a um exemplo prático. Vamos supor que você ganhe R$20,00 por hora, portanto, uma jaqueta de R$200,00 custa 10 horas do seu trabalho. Tendo essa informação em mente, será que realmente vale a pena?
Pode parecer maçante, mas se você começar a exercitar esse pensamento constantemente, vai conseguir entender como gastar seu dinheiro para coisas que façam sentido agora e nos próximos anos. Não pensando somente nos desejos imediatos.
Ignorar os números depois da vírgula
Você já parou para pensar como é raro encontrar itens de consumo com o valor arredondado na casa dos centavos? É muito mais comum que o valor seja quebrado por conta de como o preço é formado e muitas vezes acabamos ignorando esse valor.
Se olharmos da perspectiva individual de cada produto, realmente pode parecer irrelevante, mas quando pegamos esse pequeno valor em centavos e multiplicamos em dezenas de produtos ao longo do mês, pode-se apostar que eles farão a diferença.
O que você deve levar disso é: não subestime os centavos! Em compras com muitos produtos como, por exemplo, compras de mês em supermercado, essas pequenas quantias vão se somando e no fim da conta você está pagando muito mais por causa delas.
A dica é lutar por essas economias na hora de comprar os produtos e entender que se você tem a possibilidade de comprar uma opção mais barata perdendo muito pouco ou nada com isso, vale muito a pena. Mesmo que sejam centavos de diferença.
Inclusive, para te ajudar a realizar compras mais conscientes e organizadas no mercado, a PROTESTE preparou um Simulador de preços de supermercado super completo e que é uma mão na roda na hora de fazer a melhor escolha diante da prateleira. São mais de 178 mil produtos, em quase 700 estabelecimentos comerciais para você comparar e escolher.
Organize suas prioridades
Todos nós temos objetivos na vida e é normal se preparar financeiramente para realizá-los. Existem planos a curto e longo prazo e naturalmente surgirão despesas e obrigações imediatas que precisarão ser resolvidas e acabam comprometendo o orçamento de certa forma.
No entanto, o maior erro das pessoas é transformar qualquer despesa banal em prioridade e passa-lá na frente de seus objetivos mais importantes de longo prazo. Isso é um erro fatal e acaba impedindo que projetos de vida e sonhos de infância sejam realizados por pura desorganização financeira.
Por isso, se esforce para estabelecer e organizar suas prioridades, defina suas metas a curto, médio e longo prazo para atingi-las e acima de tudo exercite seu autocontrole. Afinal, não adianta ter as prioridades e o planejamento e não conseguir evitar de pedir aquele delivery a mais durante a semana ou comprar mais um videogame sendo que não está nem tendo tempo para jogar.
A ilusão do crédito
Sem dúvida o cartão de crédito é um dos maiores sinais da nossa independência financeira e muitos ainda devem se lembrar do primeiro contato com essa forma de consumir.
O cartão de crédito é sem dúvidas um sinal de maturidade financeiramente falando, mas é comum que toda essa liberdade acabe se transformando em dívidas como resultado de gastos impensados e faturas mal administradas.
Foi exatamente isso que analisou a segunda edição da pesquisa comportamental sobre “Aspectos do Endividamento” realizada pela PROTESTE. O objetivo foi principalmente entender quais comportamentos e fatores externos fazem com que o consumidor chegue até o endividamento. O cartão de crédito está lá em cima na lista!
De acordo com os resultados da pesquisa, 72% dos entrevistados apontaram o mau uso do cartão de crédito como o maior vilão do superendividamento, o que mostra uma dificuldade latente do consumidor brasileiro de se organizar financeiramente quando o assunto é fatua.
Aqui não tem outra solução a não ser se organizar através de planilhas, acompanhar diariamente o extrato, revisar suas cobranças em débito automático para manter os gastos e parcelas em dia e garantir a quantia no final do mês para pagar todas as faturas.
Os bancos têm juros altíssimos para atraso na quitação das faturas do cartão e esse tipo de dívida se torna uma bola de neve que se torna impossível de arcar, por isso tome muito cuidado com uso do crédito, principalmente se o cartão em questão for usado por vários membros da família.
Não valorizar o estudo
Hoje em dia o acesso à educação se tornou muito mais fácil de diferentes formas. A internet permitiu a criação de novas formas de ensino através de diferentes abordagens e é possível aprender praticamente qualquer coisa sem sair de casa.
Comentamos neste artigo como os brasileiros têm problemas recorrentes com finanças pessoais e mesmo assim os mesmos erros continuam a serem cometidos. Isso é porque não se dá o devido valor a estudar o tópico de economia e finanças para que seja possível entender o tamanho que ele tem no nosso cotidiano diariamente.
Entender como funcionam diversos sistemas financeiros inclui entender como funciona a economia do país, o sistema dos bancos e como você pode investir seu dinheiro para fazer seu dinheiro render sem precisar mexer nele.
Todo o conhecimento voltado para essa área também está disponível por aí em abundância e muitas vezes de graça. Um exemplo disso, é o Curso de Finanças Domésticas Organizadas oferecido pela Escola do Consumo da PROTESTE.
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