Eleições municipais: atenção às fake news!
Com a pandemia, as campanhas eleitorais deste ano tendem a ser mais virtuais do que em 2018; por isso, eleitores precisam ter cuidado com boatos e mentiras na internet.
As eleições de 2018 foram marcadas por uma grande quantidade de fake news envolvendo os candidatos, especialmente em mensagens compartilhadas via WhatsApp. O tema ganhou proporções maiores e acabou, inclusive, dando origem ao Projeto de Lei 2630/2020, que visa coibir a disseminação de boatos e notícias falsas.
Apesar disso, neste ano, as eleições municipais de 15 de novembro (primeiro turno) ainda devem enfrentar o mesmo problema. Afinal, para evitar aglomerações, boa parte das campanhas está acontecendo em meios virtuais, como lives, páginas de candidatos na internet e nas redes sociais.
Com a aproximação da data das eleições, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou a alertar os cidadãos para o risco das fake news, pedindo que as notícias falsas sejam denunciadas por meio do aplicativo Pardal. A ferramenta permite o envio de fotos ou vídeos que comprovem as irregularidades, e o estado informado pelo denunciante como local da ocorrência ficará encarregado de analisar as denúncias. O TSE também aprovou uma resolução que estabelece que candidatos que divulgarem notícias mentirosas nas redes sociais serão punidos e seus adversários ganharão o direito de resposta. A multa também é salgada, no valor de R$ 30 mil, para quem fizer distribuição em massa no WhatsApp, por exemplo.
Além disso, redes sociais como o Facebook (que também é dono do WhatsApp) e o Twitter introduziram algumas mudanças para tentar conter a disseminação do conteúdo falso. O Twitter, por exemplo, passou a marcar todos os conteúdos suspeitos, inclusive em perfis de autoridades. Já o WhatsApp passou a limitar o encaminhamento de mensagens compartilhadas em massa.
Como se proteger das fake news e fazer uma escolha consciente?
A principal recomendação é sempre desconfiar de conteúdos recebidos em redes sociais ou aplicativos de mensagens, mesmo que a notícia tenha sido encaminhada por um amigo ou parente – afinal, essa pessoa também pode estar compartilhando sem ter checado a informação. Se você não tiver certeza da informação, evite passá-la adiante.
Para ajudar a investigar o conteúdo, existem grupos de fact-checking, como o e-farsas, InternetLab ou a Agência Pública, que verificam a veracidade de notícias e imagens que surgem nas redes, para que o usuário e eleitor não seja induzido a falsos julgamentos. Além disso, é importante observar a data da notícia, pois muitas vezes não se trata de um fato recente, mas sim de algo que ocorreu fora do contexto atual. No âmbito político, por exemplo, o caso pode já ter sido julgado, inclusive de forma positiva para o candidato.
Outro cuidado é buscar informações sobre o candidato além das redes sociais, verificando seu histórico e suas qualificações para o cargo. Vale também checar se ele é “ficha limpa” (Lei Complementar nº. 135 de 2010), por meio de informações disponíveis na página do TSE, em Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais.
Imagens e vídeos também merecem cuidado. Assim como as notícias, podem ser fatos antigos e fora de contexto. Em caso de dúvida, é possível pesquisar a imagem, na própria barra de ferramentas do Google.
O cuidado com a checagem de informações é fundamental em qualquer situação, pois as fake news afetam vários aspectos da vida quotidiana, inclusive as relações de consumo. Continue sua visita em nossa página para entender mais!