Dólar em alta: por que a moeda voltou a ficar acima dos R$ 5?
No cenário brasileiro, o dólar subiu quase 5% em um mês em relação ao real
Desde o último dia 27 de setembro, o dólar voltou a operar acima do patamar de R$ 5 devido às sinalizações do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, indicando uma manutenção dos juros elevados por um período mais longo.
As taxas já estão nos níveis mais altos em 22 anos, com o objetivo de combater a inflação nos EUA, atualmente em 3,7% nos últimos 12 meses, ultrapassando a meta de 2%. As informações são do portal G1.
Essa situação desagradou os investidores, que anteriormente esperavam que o Fed pudesse sinalizar uma redução nas taxas. A confirmação de que os juros permanecerão na faixa de 5,25% a 5,50% ao ano desapontou os analistas, que tiveram que revisar suas previsões. Os títulos públicos americanos se valorizaram, atraindo fluxo de investimentos e fortalecendo o dólar em relação a outras moedas.
No cenário brasileiro, o dólar subiu quase 5% em um mês em relação ao real, chegando a ultrapassar os R$ 5,20 com a divulgação de dados de emprego nos EUA acima do esperado. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, B3, também enfrentou uma queda de mais de 3% em um mês, representando um revés após um início de ano otimista para os ativos brasileiros.
O dólar, que ficou abaixo dos R$ 5 por quatro meses, e o Ibovespa, que viveu um período de valorização até alcançar os 122 mil pontos, enfrentam esse desafio em meio à postura do Fed de manter as taxas elevadas para controlar a inflação persistente.