Conheça os impactos financeiros da Covid-19 na vida dos consumidores

Conheça os impactos financeiros da Covid-19 na vida dos consumidores

Desemprego e perda de renda estão sendo graves problemas enfrentados pelos brasileiros em função da Covid-19; confira os dados de uma pesquisa exclusiva da PROTESTE sobre o tema.

A pandemia já caminha para o quarto mês no Brasil, causando enormes estragos, não somente relacionados ao número de vítimas, mas também à economia. Questões como o desemprego, que já atingiu mais de 12 milhões de pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a dificuldade de pagar por serviços essenciais, como água, luz e gás, comprometem as contas dos brasileiros. Os impactos financeiros da Covid-19 na vida dos consumidores são muito grandes.

Com a queda na renda, muitos consumidores, inclusive, precisaram recorrer a empréstimos, além de usarem limites do cheque especial ou do cartão de crédito para quitarem suas despesas. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número de famílias com dívidas em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro bateu novo recorde em junho de 2020, alcançando 66,6% – o maior percentual desde o início da realização da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), em janeiro de 2010.

No entanto, esse cenário não é exclusivo do Brasil. A Euroconsumers, organização da qual a PROTESTE faz parte, realizou uma pesquisa em 5 países (Bélgica, Itália, Espanha, Portugal e Brasil), com o objetivo de entender quais foram os maiores impactos da Covid-19 nos hábitos de consumo e nas finanças pessoais. No Brasil, a pesquisa foi feita pelo Departamento de Estatísticas do Grupo, com moradores do estado de São Paulo,entre os dias 14 e 15 de maio de 2020. Confira os resultados!

Entenda os impactos financeiros da Covid-19 na vida dos consumidores

Além da redução da renda, alguns fatores, como o cancelamento de eventos, também causaram perdas econômicas aos consumidores. Segundo os entrevistados, a maior queda foi decorrente de redução de salário, perda de emprego ou outros acordos profissionais. Acompanhe:

Com todos esses impactos à renda, os consumidores precisaram recorrer às suas economias para quitarem as despesas do dia a dia. De acordo com os dados do levantamento, 44% dos brasileiros já precisaram utilizar recursos guardados para pagar as contas; 21,9% afirmaram ainda não terem usado as economias, mas disseram que terão que fazer isso em breve; 14,6% não usaram e não pretendem usar; e 19,5% não usaram, pois não tinham economias suficientes.

O levantamento consultou 244 famílias paulistas, sendo 13% de classe baixa, 76% de classe média e 11% alta.

Veja quais são as maiores dificuldades dos consumidores brasileiros

Na hora de conseguir quitar as dívidas, a pesquisa apontou que as maiores dificuldades dos brasileiros são:

  • crédito imobiliário: 16,7%;
  • outras parcelas de crédito: 21,2%;
  • aluguel de casa: 19,9%;
  • serviços de telecomunicações: 13,7%;
  • gás, eletricidade e água: 14,3%;
  • assistência médica: 30,6%;
  • alimentação diária: 9,1%
  • atividades educativas: 19,0%;
  • despesas gerais das famílias com necessidades básicas: 16,6%.

Diante de tais números, 50% dos entrevistados consideram que possuem uma qualidade de vida média e 32,4% acham que possuem uma qualidade de vida alta, o que é um resultado interessante, levando em consideração o número de pessoas consultadas.

No entanto, 17,7% acreditam ter uma qualidade de vida baixa. Esse percentual, apesar de, aparentemente, não ser um número alto, chama a atenção, especialmente agora em que as pessoas são obrigadas, por questões de saúde pública, a ficarem em casa.

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Confira os impactos da Covid-19 na situação profissional dos consumidores

De acordo com o levantamento, a maior parte dos entrevistados (36,3%) se tornou temporariamente inativa, em função de acordos, como férias coletivas; 32,2% permanecem trabalhando, sem perda salarial; 23,5% enfrentam reduções salariais e 8% perderam o emprego durante a pandemia.

Nesse caso, o questionamento foi respondido apenas por 191 pessoas, que eram as que se encontraram profissionalmente ativas antes do início da crise causada pelo coronavírus. Destas, 38,7% consideram a perda do emprego, no cenário futuro, como muito improvável; 27,3% acham pouco provável; 18,7% tanto provável e 15,3% muito provável.

Além disso, as entrevistas realizadas com pessoas que não perderam o emprego (77 consumidores) mostra que:

  • 36,8% acham improvável terem redução salarial, decorrente da diminuição do horário de trabalho;
  • 42,8% acreditam que não terão perda de salário com diminuição do horário de trabalho;
  • 41% acham improvável que terão aumento do horário de trabalho sem aumento salarial;
  • 28,9% consideram muito improvável terem perda ou redução dos benefícios no trabalho, contra 26,6% que acreditam no contrário, ou seja, que acham que terão perdas;
  •  44,6% acham que terão suas oportunidades de carreira reduzidas na empresa em que estão atualmente;
  • 44,5% acreditam que enfrentarão diminuição de oportunidades profissionais no mercado de trabalho.

De acordo com os resultados da pesquisa, a PROTESTE concluiu que os consumidores foram severamente impactados economicamente devido às consequências da pandemia. “No geral, as pessoas tiveram que desembolsar mais dinheiro para pagar dívidas pré-existentes, tais como cartões de crédito ou financiamentos. Além disso, as despesas fixas também pesaram no bolso, especialmente com o aumento no consumo de gás, energia elétrica e água”, diz o relatório.

“Contas fixas como o aluguel também estão sendo um grande desafio para os consumidores, uma vez que 8% dos entrevistados foram demitidos e mais de 12 milhões de pessoas estão desempregadas no Brasil. Essa despesa entra no ranking de contas mais difíceis ou quase impossíveis de lidar, com 19,9% dos votos”, destaca o trabalho.

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