Como é calculado o preço dos celulares?
O preço final pago pelos consumidores sofre a influência de vários fatores que podem aumentar ou diminuir valor final
A inflação e o aumento do dólar fez com que diversos produtos eletrônicos ficassem mais caros. Um exemplo disso é a alta no preço dos celulares, que atingiu 30% nos últimos 12 meses. Os culpados desse aumento não se limitam apenas à crise econômica, mas também à alta tributação para a venda desses aparelhos.
São muitos fatores que influenciam no preço dos celulares, por isso, trouxemos este conteúdo com a explicação completa de como é calculado o preço dos celulares, para que você possa entender em detalhes o que pode influenciar no preço desses aparelhos. Confira!
Evolução do celular
Desde a invenção do celular, que ocorreu em 1983, muita coisa mudou na configuração desses aparelhos. Após 35 anos, os celulares se tornaram muito mais modernos, inteligentes e necessários para o nosso dia a dia.
O primeiro celular inventado, o Motorola Dynatac 8000X, criado por Martin Cooper, não tinha nem 1% das funções que um celular moderno possui. Só depois de quase 10 anos da criação do aparelho o primeiro SMS foi enviado, em 1992.
Nos anos que se seguiram, a tecnologia dos aparelhos celulares evoluiu rapidamente com o surgimento do touch screen em 1994, com os modelos flips (dobráveis) em 1996 e com o acesso à internet via navegador em 1996.
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Nos anos 2000 já havia muitos celulares no mercado, como o favorito dos consumidores, o Nokia 3310, que tinha uma bateria de longa duração e o famoso jogo Snake II.
Mas a tecnologia não parou por aí. Em 2001 surgiu o primeiro celular com câmera e bluetooth, que foi o BlackBerry 5810. Logo em seguida, em 2002, veio o primeiro celular com rede GSM, que permitiu o envio de e-mails.
Outros marcos na evolução dos celulares ocorreram em 2007, quando o primeiro celular da Apple foi inventado por Steve Jobs, em 2011; quando o primeiro celular dual chip foi inventado e em 2013; e quando a velocidade 4G chegou no Brasil.
Não há como negar, hoje em dia temos muito mais tecnologia na palma das mãos do que havia em um computador inteiro em 1969, quando o homem foi para Lua.
Componentes do celular
Atualmente, os celulares possuem muitas funcionalidades como acesso à internet, envio de dados por bluetooth, tecnologia touch screen, tela de alta resolução, câmeras que fotografam e filmam em 4K, entre outras tecnologias.
Mas para que tudo isso funcione, é preciso ter componentes que acompanhem essas tecnologias. Por isso, a seguir explicaremos alguns dos principais componentes do celular e suas características.
Processador
Considerado o cérebro dos celulares, o processador é um dos componentes mais importantes para o funcionamento deste aparelho. O seu potencial é mensurado de várias formas, sendo a quantidade de núcleos e a frequência são os principais indicativos de alta performance.
Teoricamente, a capacidade de processamento acompanha a quantidade de núcleos e a frequência, mas na prática sabemos que há outros fatores que influenciam no desempenho. Portanto, não tem como definir a velocidade de processamento de um celular apenas pelo processador, já que os demais componentes também influenciam nessa questão.
A principal função do processador é processar as informações enviadas pelos demais componentes. É ele que organiza todas as funcionalidades do aparelho, fazendo com que tudo funcione perfeitamente.
Memória RAM
Outro componente importante é a memória RAM. Ela auxilia o processador em diversas tarefas e tem a função de ler e armazenar dados que serão utilizados para a execução de uma tarefa, mas que não serão salvos na memória permanentemente.
Cada vez que um aplicativo é aberto ou que determinada tarefa é executada, uma parte da memória RAM é utilizada. Por isso, quanto maior é a memória RAM do aparelho, menores são as chances do celular “travar” ao abrir diversos aplicativos.
Memória flash
A memória flash também tem um papel muito importante no funcionamento do celular, sendo necessária para o armazenamento de dados no aparelho. Nesse caso, quanto maior é a memória, mais dados podem ser armazenados.
É nessa memória que ficam armazenados todos os dados do celular, como o sistema operacional, aplicativos, arquivos de texto, vídeos, fotos, arquivos de áudio, entre outros. Portanto, se a ideia é ter um celular com boa capacidade de armazenamento, o ideal é procurar por opções com no mínimo 64 GB de memória.
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Bateria
Outro componente de grande importância para o celular é a bateria, responsável por armazenar a energia que será utilizada por todos os demais componentes para o funcionamento do aparelho.
Medida em mAh (miliampere-hora), quanto maior é a capacidade da bateria, maior é a chance do tempo de duração do aparelho aumentar.
Nesse caso, também é importante ficar atento a outros componentes do aparelho para saber como será o consumo da energia. Por exemplo, telas de alta resolução consomem mais energia, assim como a intensidade do brilho da tela também impacta nesse consumo.
Sistema operacional
Diferente de todos os demais componentes que mencionamos até aqui, o sistema operacional não é um hardware, mas sim um software. Esse é um componente que é instalado no aparelho para que o usuário possa utilizar todas as funções do celular com uma interface amigável e intuitiva.
Os sistemas operacionais mais conhecidos no mercado são Android (do Google) e iOS (da Apple). Esse componente tem a função de apresentar todas as funcionalidades do celular para o usuário sem que ele tenha que utilizar comandos de programação. Portanto, é algo de grande importância na escolha do aparelho.
Fabricação dos celulares: quanto custa?
Como todo produto fabricado, o celular também possui custos de fabricação que impactam no preço final do aparelho. O processo de fabricação, a matéria-prima e os componentes utilizados variam entre as companhias que vendem esses aparelhos, mas todos os aparelhos fabricados possuem custos que devem ser considerados ao avaliar os preços dos celulares.
Os principais custos para a fabricação dos aparelhos atualmente estão nos componentes que são utilizados. Quanto mais moderno e mais funções tecnológicas, maior é o custo de fabricação.
Por exemplo, o componente Qualcomm X55, que é o modem de conexão 5G utilizado pela Apple para a fabricação de seus iPhones, custa em média US$90 (aproximadamente R$489). Já a tela com tecnologia OLED da Samsung, também utilizada pela Apple, custa em média US$70 (aproximadamente R$380).
Além dos componentes, tem a matéria-prima utilizada para a estrutura do celular e os custos com o processo de fabricação, somados a mão de obra e todos os demais custos operacionais.
Por fim, não podemos esquecer que esse é um produto, então as empresas que os fabricam também possuem uma margem de lucro que impacta no preço final do aparelho.
Preço do celular x dólar
Outro fator que influencia no preço dos celulares é a cotação do dólar. A maioria dos componentes dos celulares são fabricados no exterior, principalmente na China. Dessa forma, quanto mais caro está o dólar, mais caro se torna a fabricação desses aparelhos, mesmo no caso dos nacionais como Positivo, Gradiente, Multilaser e Quantum.
Além disso, no caso dos celulares que são importados, como os das marcas Samsung, Apple, Xiaomi, entre outros, há os custos em relação à importação. Com o dólar em alta, fica mais caro importar celulares e isso impacta no preço final.
Imposto x preço do celular
Outro fator que influencia nos preços dos celulares vendidos aqui no Brasil é a alta carga tributária aplicada à venda desses aparelhos. Atualmente, os impostos que são cobrados para a fabricação e venda de celulares no Brasil são: ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS (Programa de Integração Social), Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), II (Imposto sobre Importação) e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
O IPI, por exemplo, impacta em 15% do valor do celular. Considerando todos os demais impostos cobrados no Brasil para a venda de celulares, os impostos impactam em 39,80% do preço final. Nesse caso, se o celular custa R$1.500, isso significa que R$597 são de impostos e o valor sem a tributação do aparelho é de R$903.
No caso dos aparelhos importados, recentemente o governo baixou em 10% a taxa de importação de equipamentos de informática e telecomunicações. Essa redução fará com que os preços desses aparelhos reduzam de 2% a 5%.
Caso você queira saber quanto de imposto está pagando ao adquirir um celular ou qualquer outro produto, basta conferir a nota fiscal da compra para saber em detalhes.
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Se você pretende comprar um celular, veja essas dicas que nós da PROTESTE separamos para te ajudar a fazer essa escolha com mais economia:
Pesquise preços
Com valores cada vez mais altos, é primordial pesquisar o preço dos celulares antes de escolher e comprar o aparelho. Essa pesquisa pode ser realizada em lojas físicas ou virtualmente em e-commerces.
O ideal é pesquisar o modelo ou configuração desejada para saber a média de valores em diferentes lojas para encontrar a opção mais econômica.
Aproveite promoções
Outra forma de economizar na compra do seu celular é aproveitando promoções. Todas as lojas costumam oferecer promoções de tempos em tempos, então você precisa ficar atento para encontrar uma boa oportunidade para economizar.
Contudo, é importante ter o cuidado para não cair em fraudes. Desconfie de promoções muito atrativas, com preços muito abaixo do que é praticado no mercado.
Use cupons de desconto
Você também pode economizar utilizando cupons de desconto. Muitas lojas oferecem cupons de desconto que podem ser adquiridos na própria loja. Dessa forma, você pode escolher o celular que deseja e conseguir descontos de 5%, 10% ou mais. Há também descontos de frete grátis, que possibilitam economizar na taxa de entrega.
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Coloque todas essas dicas em prática para conseguir um celular com o melhor custo-benefício. Acesse nosso teste de celulares para conferir as características dos principais modelos do mercado. Testamos as funcionalidades do aparelho, como a bateria, câmera, display e outras ferramentas, para facilitar sua escolha na hora da compra. Continue mantendo-se informado com a PROTESTE, a maior instituição da América Latina que atua no direito do consumidor.
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