Carteira digital: o que fazer em caso de fraudes?

Carteira digital: o que fazer em caso de fraudes?

A carteira digital é segura, mas ninguém está livre de cair nos golpes de criminosos. É preciso estar preparado para agir rápido

A carteira digital nada mais é do que um meio de pagamento por aplicativo, no qual o consumidor agrega em um só lugar cartões de débito e de crédito, e até dinheiro. A carteira digital é prática, está no seu smarthphone ao alcance dos dedos. Nela, os dados são criptografados, o que diminuiu o risco de clonagem e vazamentos de informações. Mas ainda assim, golpes acontecem. E você, sabe o que fazer em caso de fraudes?

No último ano, o uso das carteiras digitais, como Mercado Pago e Picpay, teve um salto no Brasil. De acordo com o Toluna Influencers, site de pesquisa, 89% dos brasileiros utilizaram a novidade durante a pandemia – em 2019, eram apenas 38%, segundo o International Data Corporation (IDC), especializada em pesquisa de mercado e consultoria.

Na revista PROTESTE de outubro (ed.217), a associação avaliou cinco delas e constatou que são, realmente seguras, eficazes e bem vantajosas (algumas oferecem rendimento aos recursos na conta). “Mas, infelizmente, muitos criminosos aproveitaram esse cenário, de crescimento, para realizar cibercrimes, ou seja, crimes virtuais”, alerta Adriano Fonseca, especialista em Defesa do Consumidor da PROTESTE.

 É possível reverter a situação

Segundo Adriano, o consumidor que for vítima de golpes digitais deve seguir algumas etapas para reverter a situação. Confira a seguir.

  •  1º Passo: Entrar em contato com as empresas administradoras dos meios de pagamento cadastrados, como cartões de crédito, informando sobre o golpe e solicitando o bloqueio. “Em alguns casos, é possível realizar a contestação de eventuais cobranças criminosas”, afirma Adriano.
  •  2º Passo: Juntar todos os comprovantes que possam identificar as pessoas criminosas. Muitas vezes, as transações contam com informações como CNPJ, CPF, números de agência e conta dos criminosos. “Tirar print dessas informações é fundamental para auxiliar no trabalho da investigação que precisará ser aberta”, explica o especialista.
  •  3º Passo: Registrar um boletim de ocorrência em uma delegacia policial, de preferência em uma especializada em crimes virtuais. Após o consumidor prestar depoimento, explicando o ocorrido e entregar os comprovantes citados acima, será aberto um inquérito policial, por meio do qual serão investigadas as práticas a fim de buscar a autoria do crime em questão. “A partir daí, poderá ser aberto um processo judicial, em que o Ministério Público representará os interesses da vítima, podendo exigir a condenação penal dos criminosos e o ressarcimento dos valores obtidos ilegalmente, sem prejuízo, inclusive, de danos morais por todo transtorno passado pela vítima”, detalha Adriano.

Saiba mais com a PROTESTE

Atuar na defesa e proteção dos direitos do consumidor é o principal objetivo da PROTESTE, a maior associação de consumidores da América Latina. Além de informar quais são os seus direitos, a associação também conta com diversas iniciativas que auxiliam as pessoas nas relações de consumo. 

Por exemplo, os testes comparativos realizados para trazer informações essenciais sobre produtos e serviços. Os dados e análises da PROTESTE ajudam você na tomada de decisão na hora da compra de um produto ou na contratação de um serviço.

Além disso, você também pode recorrer à PROTESTE para obter uma solução diante de situações de conflito com fornecedores ou se for vítima de alguma ação que desrespeite seus direitos.