A Nova Realidade do Consumo: Mercado e Sustentabilidade

A Nova Realidade do Consumo: Mercado e Sustentabilidade

Durante o Dia Internacional do Consumidor, evento da PROTESTE abordou temáticas relacionadas ao consumo, produção e descarte conscientes.

No dia 15 de março, Dia Internacional do Consumidor, a PROTESTE organizou um evento online, que trouxe debates atuais voltados aos novos desafios que o consumidor moderno vem enfrentando, com temas que trataram, desde a questão da sustentabilidade e do descarte de embalagens, até o superendividamento, assunto que tem trazido dor de cabeça para muitos consumidores. O evento aconteceu durante todo o dia e, pela manhã,  o tópico principal dos primeiros painéis foi o Mercado e a Sustentabilidade.

Nos eventos on-line foram discutidas maneiras como embalagens plásticas devem ser descartadas, substituídas e a importância de consumidor, empresas e governo se unirem para a criação de uma cultura de reciclagem efetiva.

Os painéis Embalagens sustentáveis: os avanços da indústria no mundo e Possibilidades e bons exemplos no desenvolvimento de descarte de embalagens aconteceram ao vivo nas redes sociais da PROTESTE, no Facebook, LinkedIn  e YouTube às 10h até 12:30min.

Os bate-papos matinais contaram com a presença de representantes da PROTESTE: o especialista Thiago Porto, a Coordenadora do Centro de Competência de Produtos e Serviços,  Laila Vilela, o diretor  de Relações Institucionais e Mídia, Henrique Lian, e a gerente de Informações e Serviços, Roberta Maia. O evento contou também com a participação especial da Marcia Xavier, presidente da Cooperativa Bandeirantes e a gerente nacional de Trade Marketing dos Ovos Mantiqueira, Camilla Kiefer.

Embalagens sustentáveis: os avanços da indústria no mundo

No primeiro painel do evento, mediado por Laila Vilela, com a participação de Thiago Porto e Marcia Xavier, questões como o descarte de embalagens plásticas e a necessidade de mudança de comportamento do consumidor e empresas foram levantados.

No Brasil, segundo os dados do Índice de Sustentabilidade Urbana (ISLU), apenas 3,85% dos resíduos são reciclados, representando um índice baixo, que mostra um caminho longo até uma política sustentável eficiente.

Atitudes em conjunto

Durante o evento, Thiago Porto comentou sobre ausência de ações conjuntas entre governo, consumidores e as empresas varejistas, visto que é necessário diminuir o impacto do descarte dos resíduos nos aterros sanitários.

“São três grandes participantes, também estamos dentro deles, acabamos gerando esse lixo e precisamos destinar de forma correta. Não existe uma fiscalização específica de rótulos, mas a Associação Brasileira das Embalagens (ABRE) tem cartilhas de rotulagem e simbologia para orientação ao mercado, mas ele é apenas um órgão regulador” comentou Thiago.

 Descarte responsável

Desde 2014, Marcia Xavier está presente no projeto de coleta seletiva. Ela destaca como atitudes sustentáveis devem surgir na vida do consumidor consciente desde a infância, contribuindo assim, com a triagem dos materiais descartáveis.

Rótulos de shampoo, refrigerante, latinhas, caixas de isopor, papelão são exemplos de resíduos que devem ser separados. De acordo com diretora, tais produtos não devem ser nomeados como lixos, pois possuem utilidade e podem voltar a cadeia produtiva, fazendo com que o impacto ambiental se diminua.

“Hoje, a Cooperativa Bandeirantes limpa 70 toneladas e, de rejeito, aproximadamente três a quatro toneladas. Nós fazemos a separação correta, esse material não vai para o aterro. São 20 famílias que ganham o seu sustento através do material reciclável, é uma renda. Com esse trabalho, os filhos começam a ter consciência de onde vem o sustento, comentando que ‘minha mãe não trabalha com lixo, e sim, com reciclagem” disse a diretora.

Possibilidades e bons exemplos no desenvolvimento de descarte de embalagens

No segundo painel do evento da PROTESTE, em comemoração ao Dia Internacional do Consumidor, Roberta Maia foi mediadora do bate-papo com o Henrique Lian e a Camilla Kiefer. A temática principal do evento foi o movimento sustentável do qual a indústria brasileira vem se tornando parte.

Caminho para o sustentável

Há 15 anos, o conceito de sustentabilidade era recente e chegou no Brasil através do setor privado.

Hoje, segundo Henrique Lian, esse movimento no setor industrial de produção “verde” poderia ter tido mais avanços, no entanto, está inserido nas duas primeiras fases do chamado ESG (Environmental, Social and Corporate Governance).

“Na primeira fase, a prevenção de risco, as empresas não querem destruir valor e tudo aquilo que possa ser um risco social e ambiental é tratado e relatado. No segundo estágio, da socioecoeficiência, a questão da embalagem é tudo que pudermos reduzir de impacto ambiental. No terceiro, que é fazer a mesma coisa de maneira diferente, poucas empresas estão. É criar um elemento tão eficiente que não emita CO2” explicou Lian.

Exemplos de produção consciente

Há dois anos, a granja Ovos Mantiqueira estava lidando pela primeira vez com o desafio da transição de embalagens 100% acrílicas para o papel. Segundo a Camila Kiefer, a empresa comunicou de forma clara em seus rótulos os seus valores sustentáveis com o carimbo Eu Reciclo e o carimbo de coração presente em seus ovos.

Outro projeto de produção “verde” ressaltado por Camilla durante o bate-papo é a linha Happy Eggs, que busca democratizar o consumo de galinhas livres de gaiolas.

“Estamos fazendo essa investimento para democratizar, e não se tornar mais caro.  É trazer acessibilidade, é mais um propósito do que questão de lucro. Todo mundo prefere, mas na decisão de compra, optam pelo mais barato. É uma mudança gradual de cultural”  finalizou a gerente de Trade Marketing

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