Vale-transporte para pagar aplicativos beneficia trabalhador
Com a retomada gradual da economia, muitos profissionais estão deixando o home office; para evitar aglomerações no transporte coletivo, uma alternativa pode ser o uso do vale-transporte em aplicativos.
Aos poucos, depois de cinco meses de quarentena, várias empresas estão retomando suas atividades. Com isso, um número maior de pessoas tende a voltar a utilizar, diariamente, o transporte coletivo, causando aglomerações e, com isso, elevando o risco de contágio do novo coronavírus.
Como alternativa para minimizar esse risco, a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES) apresentou um projeto de lei que, se sancionado pela presidência, deverá permitir o uso do vale-transporte para pagar aplicativos como o Uber, Cabify e 99.
“Uma das maiores preocupações das empresas e dos colaboradores com a retomada do trabalho presencial é justamente a utilização de transporte coletivo”, disse Henrique Lian, diretor de relações institucionais da PROTESTE. “A medida é benéfica para a saúde dos empregados e para a retomada da economia e, por isso, somos favoráveis à sua aprovação”, destacou.
Projeto de uso do vale-transporte também beneficia motoristas de aplicativos
Além de promover maior segurança para os profissionais que precisam retornar às atividades presenciais, o Projeto de Lei 3.948/2020, apresentado no Senado no dia 27 de julho, também poderá gerar trabalho e renda aos motoristas que trabalham com aplicativos. De acordo com Rose de Freitas, hoje já existem vários veículos sendo devolvidos por causa da ociosidade, decorrente da falta de passageiros.
Assim, se sancionado, o PL trará maior segurança aos profissionais que não possuem veículo próprio, os quais poderão optar pelos aplicativos para o deslocamento ao trabalho, e também minimizará os impactos às empresas que gerenciam tais apps.
A proposta do projeto é acrescentar um artigo à Lei 7.498, de 1985, que garante um valor determinado para o deslocamento do funcionário de sua casa até seu local de trabalho, e vice-versa.
Sobre um possível aumento de custos para os empregadores, que teriam que arcar com quantias maiores para pagar as corridas feitas pelos aplicativos, a senadora destacou que, se projeto for bem-planejado, pode ser possível a negociação dos valores a serem pagos com as empresas gestoras dos apps.
