Seguro de moto: restrições podem dificultar a contratação

Seguro de moto: restrições podem dificultar a contratação

Além de haver poucas opções e grande variação de preços no mercado, as seguradoras têm limitações que podem impedir a contratação; entenda melhor!

A PROTESTE analisou algumas alternativas de seguro para motocicletas e constatou que existem poucas opções no mercado, sendo que algumas coberturas são limitadas e têm restrições, tais como anos de uso e de fabricação do veículo, bem como o tipo de atividade remunerada na região para quem pretende usá-la com tal finalidade. 

Para ajudar o consumidor na escolha, foram analisadas 59 apólices de seis empresas do ramo. “Traçamos quatro perfis de clientes em cinco capitais – Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo”, explica Rodrigo Alexandre, especialista da PROTESTE. Segundo ele, o seguro de motocicleta funciona de forma bem semelhante ao de carros, por isso as coberturas encontradas no mercado são iguais.

Porém, apenas a metade das seguradoras avaliadas oferece a cobertura opcional de Acidentes Pessoais de Passageiros (APP), que protege o condutor contra riscos de morte e de invalidez permanente total ou parcial. Por isso, as indicações de escolhas certas do estudo foram divididas entre as empresas que oferecem ou não a cobertura. 

Entenda melhor o teste

Diversos fatores influenciam no cálculo do seguro da moto. Entre eles, características do condutor e do veículo, valor das coberturas contratadas e índice de roubos. As mulheres pagam mais barato, por se acidentarem menos, considerando-se também que grande parte dos usuários são homens. Jovens, entre 18 e 24 anos, costumam arcar com valores mais altos pelo seguro, além de o tempo de habilitação influenciar na conta. “Outro agravante é o endereço do condutor, que pode elevar tanto o preço, tornando-o, algumas vezes, inviável”, destaca Rodrigo.

Assim, conforme o especialista, foram analisados os perfis distintos dos clientes, nas cinco cidades. A maior variação de preços foi encontrada no perfil de um homem solteiro, de 45 anos (com 20 de habilitação), que usa a moto diariamente, na cidade de Porto Alegre. A diferença, neste cenário, é superior a R$ 5 mil. 

As seguradoras Allianz, Porto e HDI foram as únicas que ofereceram cobertura de APP no seguro de moto. A HDI só mandou o preço de um único cenário e nos demais, como apenas uma seguradora aceitou o risco, não classificamos como escolha certa, pois não a comparamos com ninguém.


Atenção às exclusões 

Rodrigo destaca que na hora de fechar o contrato, é preciso ter atenção às exclusões. Algumas apólices de seguro de moto não cobrem danos exclusivos aos pneus e à pintura, riscos decorrentes de tumultos e convulsões da natureza. Por isso, as seguradoras analisadas foram consideradas ruins nesse critério.

Quase todas as empresas também decepcionaram na avaliação das franquias, com exceção da HDI, que não fez a cobrança nos sinistros de fenômenos da natureza. As demais, além desta, ainda exigiram franquia nos sinistros de choque, colisão, capotamento e furto ou roubo parciais e de, pelo menos, R$ 1.500 (considerando-se o perfil C na cidade do Rio de Janeiro).

A PROTESTE avaliou ainda se as seguradoras permitem que os consumidores escolham a oficina de sua preferência para o reparo da moto ou exigem que seja feito em estabelecimento credenciado. Todas permitem a livre escolha, mas dão 30 dias para a indenização. Como este é o prazo legal e nenhuma seguradora informou período inferior, todas as empresas foram consideradas aceitáveis.

Nossos testes ajudam os consumidores a tomarem as melhores decisões de compra. Mas, se tiver problemas, não deixe de reclamar! CONHEÇA O RECLAME arrow_right_alt