Covid-19 altera os hábitos de consumo dos brasileiros

Covid-19 altera os hábitos de consumo dos brasileiros

Com o agravamento da pandemia, os consumidores estão mais cautelosos, optando por canais online para evitar visitas às lojas físicas

A elevação dos casos confirmados da Covid-19 e as recomendações de isolamento social já estão afetando os hábitos de consumo dos brasileiros. Entre as principais tendências estão a preferência por compras em e-commerces, para evitar a necessidade de deslocamento às lojas físicas, e o armazenamento de alimentos e produtos de higiene e limpeza.

A mudança de hábitos, aliás, não ocorre somente no Brasil. De acordo com pesquisa realizada pela Nielsen, o comportamento dos consumidores tem sido semelhante no mundo inteiro. 

O trabalho, que foi divulgado em março, aponta que as escolhas dos consumidores diferem de acordo com a etapa de disseminação do vírus, mas a tendência de estocar itens de abastecimento de emergência e suprimentos é semelhante em todos os países que estão enfrentando a pandemia.

Novos hábitos de consumo mostram preocupação com abastecimento

Conforme a análise da Nielsen, o comportamento de compras dos brasileiros passou por dois momentos distintos. Na primeira fase, logo após a confirmação dos primeiros casos de coronavírus, houve uma corrida ao varejo físico, em busca, especialmente, de itens de proteção. Na ocasião, a demanda por álcool em gel aumentou 623%.

Além desse produto, itens de higiene e limpeza (como sabão, sabonete, água sanitária, entre outros) tiveram um salto de procura. Alguns produtos chegaram a sumir das prateleiras ou tiveram seu preço aumentado de forma brusca. 

Depois do anúncio da pandemia e das recomendações para isolamento social, outros itens passaram a ser mais buscados, como alimentos e até gás de cozinha (que já está em falta em sete estados). Além disso, houve aumento das vendas online, para evitar a necessidade de ida ao varejo físico.

home office
Trabalho em home office também traz reflexos ao consumo

Além da preocupação com o abastecimento doméstico, houve crescimento da procura por outros itens, como softwares (alta de 389%) e eletrônicos (17%). Isso reflete a nova realidade de grande parte dos brasileiros, que passaram a adotar o trabalho remoto (ou home office) como alternativa para manter suas atividades profissionais e sua renda. 

As mudanças de comportamento se refletem nas ações das empresas de varejo, que precisam adequar sua oferta à nova realidade e adotar outras estratégias, como serviços de entrega e canais de venda online. Os consumidores, por sua vez, estão mais cautelosos, com receio da disseminação do coronavírus. 

No entanto, com a perspectiva de reabertura do varejo, mesmo que de forma gradual, é essencial que todas as precauções sejam mantidas. A adoção de cuidados extras (como o uso de máscara e a higienização adequada das mãos) deve fazer parte dos hábitos de consumo daqui em diante. 

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