Como serão os novos seguros depois da pandemia?

Como serão os novos seguros depois da pandemia?

Com a nova realidade imposta pelo coronavírus e os seus desdobramentos na sociedade, várias modalidades de seguros deverão surgir no mercado

Assim como vários outros setores da economia, o mercado de seguros também foi fortemente impactado pelos desdobramentos da pandemia pelo novo coronavírus. Os produtos para cobertura de viagens, por exemplo, deixaram de ser procurados pelos consumidores nesse momento de quarentena. Já os seguros de vida ou de saúde precisaram se adaptar às novas demandas, impostas pela Covid-19. Aliás, a inclusão das mortes decorrentes do coronavírus na cobertura dos seguros de vida já foi aprovada pelo senado.

 

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“O setor de seguros, depois da pandemia, passará por várias mudanças”, destacou Antônio Trindade, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), durante webinário organizado pela Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), no dia 13 de maio.

De acordo com ele, alguns produtos, depois da Covid-19, passarão a ser mais demandados pelos consumidores. “Depois da pandemia, o mundo vai sair diferente devido ao gigantesco impacto social e econômico que a Covid-19 trouxe para a vida de todos nós”, afirmou.

Entenda as mudanças no mercado de seguros com a Covid-19

Segundo Trindade, os produtos tradicionais –seguro-auto, incêndio, de transporte e responsabilidade civil – deverão se manter no mercado. No entanto, com o uso de inteligência artificial e de novos instrumentos digitais para atendimento aos consumidores, o setor deverá continuar evoluindo e proporcionando melhores soluções aos segurados.

Hoje, a grande dificuldade enfrentada pelas empresas do setor é que pandemias não estavam contempladas na maioria dos contratos. Isso significa que, em inúmeros casos, o consumidor que estava fora do país quando foram decretadas as medidas de quarentena, correu o risco de ficar sem atendimento. Da mesma forma, os seguros de vida não previam a indenização por mortes decorrentes da Covid-19.

Por outro lado, o custo de determinados seguros se reduziu. Houve uma queda nos atendimentos médicos eletivos, uma vez que as pessoas estão adiando tratamentos (e até cirurgias) não emergenciais e no automotivo, com as restrições à circulação de veículos.

As empresas do setor precisaram se adaptar à nova realidade. Vale lembrar que situações de pandemia não são contempladas pelos principais seguros em função da dificuldade de cálculo de riscos. Entretanto, com a nova realidade, o uso de tecnologia será cada vez mais fundamental para avaliar as probabilidades e graus de risco de cada situação específica.

Assim, os novos produtos deverão ser atrelados a dados mais consistentes sobre os segurados, prevendo situações que, potencialmente, podem representar risco mais elevado.

Saiba quais serão os principais seguros depois da pandemia

Para Trindade, algumas modalidades de seguro deverão se destacar depois da pandemia. “O crescimento do home office, que deverá permanecer em alta mesmo após a quarentena, demandará novas coberturas residenciais, para proteção de equipamentos, por exemplo”, disse.

Além disso, segundo o especialista, outras modalidades que devem crescer são seguros contra riscos cibernéticos, protegendo os consumidores contra possíveis ataques de hackers, seguros para pequenas e médias empresas, que já perceberam que podem ter seu negócio paralisado temporariamente, em função de situações imprevisíveis como a da atual pandemia, e seguros viagem. “Depois da Covid-19, ninguém mais vai viajar para lugar nenhum sem apólice, pelo risco das consequências”, disse Trindade.

seguros depois da pandemia
De acordo com o executivo, os seguros intermitentes, recentemente aprovados pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), também devem apresentar crescimento. Nessa modalidade, também conhecida como pay-per-use, o segurado paga apenas quando estiver utilizando o produto. Como exemplo, se o carro fica na garagem o dia inteiro, não há cobrança de seguro, que deve ser ativado apenas quando o consumidor sair com o veículo.

Márcio Coriolano, presidente da CNseg, ressalta que o uso do seguro intermitente pode ser uma alternativa para os consumidores, especialmente quem aderir ao home office, mas ainda ocorrerão ajustes na forma de contratação do serviço. “Mesmo após a quarentena, o cidadão poderá preferir, por exemplo, utilizar seu carro ao transporte público, como forma de se proteger. Assim, o seguro intermitente não fará tanto sentido”, ponderou.

Para o setor, os produtos ligados à proteção contra acidentes e ao risco de vida deverão passar a ser mais relevantes para o consumidor. Por isso, o mercado já estuda a possibilidade de criação de seguros específicos, como a cobertura de acidentes domiciliares, voltado para idosos.

As mudanças no setor de seguros depois da pandemia, no entanto, não devem interferir no relacionamento entre o profissionais de seguros e os consumidores. “A digitalização será essencial, mas não substituirá o relacionamento e as orientações de especialistas em seguros e previdência, que saibam como agregar valor às demandas dos clientes”, disse Jorge Nasser, presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrev). “Sairemos mais humanos desta crise”, completou. 

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