Batedeiras planetárias: descubra se vale a pena ter uma!

Batedeiras planetárias: descubra se vale a pena ter uma!

PROTESTE testou sete modelos do utensílio e apenas o da Semp não recebeu uma boa avaliação; confira os detalhes.

De acordo com a avaliação da PROTESTE, o mercado oferece boas opções de batedeiras planetárias. Os produtos foram bem avaliados, com destaque para o modelo da marca Britânia (R$ 330), nosso melhor do teste e escolha certa, que, além de um bom desempenho, apresentou o melhor custo-benefício. Ao optar por ele e não pelo modelo da Black & Decker (R$ 584), o mais caro da amostra, o consumidor economiza R$ 254.

Apesar da boa avaliação da maior parte dos produtos, houve uma exceção: a batedeira da Semp não é indicada para a compra. De todas as funções testadas, a única que ela completou bem foi bater a clara em neve.

Entenda o teste

As batedeiras planetárias são aquelas que fazem dois movimentos (rotação e translação), como os planetas. Por isso, ela bate massas mais pesadas e homogêneas, além de terminar o processo mais rapidamente.

1. Desempenho

No teste de desempenho, o mais importante da avaliação, foram realizados três preparos: clara em neve, massa de bolo e de pão. O uso do eletrodoméstico foi realizado conforme as orientações do manual dos utensílios, em relação ao tempo, à velocidade e à indicação do batedor que deveria ser usado para cada um. Neste critério, apesar de a maioria ter resultado positivo, foram detectadas algumas diferenças que podem comprometer a preparação dos alimentos.

Um dos preparos foi uma massa de bolo. A batedeira Britânia bateu bem o ovo, o açúcar e a  manteiga nos primeiros 30 segundos. O leite não espirrou muito, embora a farinha tenha esparramado. Já na Semp, no mesmo tempo, a mistura dos ingredientes não ficou homogênea. Com esse resultado, a Britânia foi considerada muito boa e a Semp, muito ruim.

Na massa de pão, destacaram-se os modelos da Britânia e da Philco. Ambas foram avaliadas como muito boas. A Semp repetiu o péssimo resultado, pois a mistura grudou no fundo da tigela. Já a batedeira da Mondial foi a única que não atingiu a consistência certa no preparo da clara em neve.

batedeira mixer

2. Facilidade de uso e limpeza

Detalhes como a facilidade de limpeza e de uso das funções do utensílio, como encaixar e desencaixar os batedores e a mudança das velocidades para bater também foram avaliados. No primeiro quesito, todos os produtos foram bem avaliados. Na facilidade de uso, a maioria foi considerada aceitável; apenas os modelos da Britânia, Mondial e Philco foram conceituados como bons. 

Na Black & Decker, é preciso força para se colocar os batedores e a tampa antirrespingo tem uma abertura pequena para inserir os ingredientes durante o processo. Na Semp, é difícil desgrudar as ventosas da superfície e também possui uma tampa antirrespingo mínima, além de ser a mais barulhenta da amostra.

A maioria das batedeiras trepida. No modelo da Arno, suas ventosas não suportam o esforço do funcionamento e ele teve que ser retido pelo usuário para não se deslocar da bancada do teste. Apenas na Philco o destrave dos batedores pode ser feito sem a necessidade de segurá-la e a Oster foi a única que não trepidou ao preparar a massa de pão. Mesmo assim, deixou a desejar. “Seu manual informa que os ingredientes da massa para bolo devem ser inseridos pela porta alimentadora, que tem uma abertura pequena. Seguimos a orientação, a farinha derramou para fora da tigela e ficou acumulada na entrada, causando desperdício”, alerta Dino Lameira, especialista da PROTESTE.

3. Versatilidade

No teste de versatilidade, foram verificados todos os acessórios e componentes das batedeiras. O mais completo da amostra é o modelo da Mondial, que possui batedores de massas leve, média e pesada, tigelas de plástico e inox, tampa antirrespingo, ventosa de fixação, espátula e local para guardar o cabo de alimentação de energia. 

O modelo da Oster e o da Philco também ficaram muito bem avaliados. “A maioria dos produtos é versátil, só o da Arno é mais básico. Mesmo assim, aceitável”, afirma o especialista.

5. Manual de instruções

A PROTESTE também avaliou o manual de instruções dos aparelhos. Assim como as informações no produto, ele precisa ser escrito de maneira clara e de fácil compreensão. É importante que o consumidor encontre informações relevantes sobre a sua correta utilização e as ações de precaução. 

No geral, não foram encontrados problemas em nenhum, mas os modelos da Philco, Semp e Oster se destacaram, sendo avaliados como muito bons. “Os seus manuais foram os mais completos no conteúdo sobre segurança, utilização e limpeza”, explica Dino.

6. Cabo de alimentação

Outro quesito verificado foi o tamanho do cordão do cabo de alimentação de energia de cada modelo. O ideal é que ele não seja pequeno demais, para que possa ser usado sem extensão, nem grande demais, pois pode causar dano ou atrapalhar na hora de guardar o aparelho. “Neste critério, consideramos 1 metro como sendo o adequado. Por isso, o modelo da Oster, com 37 centímetros a mais, foi o que recebeu a pior avaliação da amostra, sendo considerado muito ruim. O melhor foi o da Britânia (1,05 m), que mais se aproximou do tamanho ideal.

7. Prazo de garantia

A PROTESTE também verificou o prazo de garantia dado pelos fabricantes das batedeiras. “Quanto maior, melhor. É a segurança que o consumidor tem de que não haverá problema por um bom tempo e, caso ocorra, conseguirá o conserto ou a troca do produto”, explica Dino. Mas, neste critério, houve uma surpresa: apenas o modelo da Semp, o pior da amostra, dá dois anos de garantia; o restante, apenas um.

 

Nossos testes ajudam os consumidores a tomarem as melhores decisões de compra. Mas, se tiver problemas, não deixe de reclamar! CONHEÇA O RECLAME arrow_right_alt