Assadeiras de vidro: confira o resultado do teste

PROTESTE testou seis marcas de refratários e somente uma delas foi eliminada, por falta de manual em português; de modo geral, os produtos foram bem avaliados.

Práticas e resistentes, as assadeiras de vidro testadas provaram que, se usadas de forma correta, podem durar bastante tempo sem quebrar. Os refratários se mostraram resistentes mesmo em contato com líquidos frios, quando quentes – embora essa prática não seja recomendada. 

O teste, publicado na íntegra na edição de abril da revista PROTESTE, avaliou a qualidade das peças, a resistência a choques térmicos, a garantia e as informações que acompanham o produto. Foram avaliadas as seguintes peças:

  • Lunita (retangular, com 3,2 litros);
  • Ô Cuisine (retangular, 3,6 litros);
  • Marinex (oval, 2,4 litros);
  • Sempre (retangular, 1,8 litros);
  • Carrefour Home (1,5 litros);
  • Pyrex Easy Grab (retangular, 1,9 litros).

Falta de manual em português coloca consumidor em risco

A única marca que não foi aprovada, a Pyrex Easy Grab, não continha manual de instruções em língua portuguesa, apenas em inglês, francês e espanhol. 

“Isso contraria o que diz o Código de Defesa do Consumidor”, disse Juliana Moya, especialista da PROTESTE. “A falta de informações claras e em língua portuguesa pode levar os consumidores a utilizarem o produto de maneira incorreta, colocando em risco a sua saúde e segurança”, afirmou.

“Existem dados importantes, como de segurança, que estão disponíveis em outros idiomas”, completou Dino Lameira, pesquisador da PROTESTE responsável pelo teste.

Por essa razão, a PROTESTE comunicou a falha ao Procon-RJ e ao Inmetro, pedindo que esses órgãos adotem as medidas de fiscalização necessárias. 

Acompanhe os detalhes do teste das assadeiras de vidro

No teste, foram utilizados modelos de 1,5 a 3,6 litros. Os manuais de todas elas (com exceção da eliminada) foram considerados ruins e aceitáveis. 

O estilhaçamento foi outro ponto com resultados negativos. Nenhum produto apresentou mais de 40 estilhaços, numa área predeterminada, ao cair no chão. Isso indica que, em caso de quebra, os pedaços serão grandes e pontiagudos, o que aumenta o risco de acidentes para os consumidores.

No quesito choque térmico, foi colocado um líquido frio na assadeira quente  – os fabricantes orientam a não fazer isso, mas como pode ocorrer mau uso pelos consumidores, a PROTESTE resolveu testar. Nenhum refratário apresentou problema, ao contrário do teste realizado em 2017, quando três modelos trincaram ou estilhaçaram. 

“Vimos que houve uma melhora da qualidade desses produtos. Mesmo assim, nessa situação, não coloque a assadeira quente sobre superfície fria”, ressaltou Dino. 

Na manutenção da temperatura, foi medido o tempo gasto por cada assadeira para atingir 40º C,  após sair do forno a 200º C. A demora (que ficou entre 24 e 32 minutos) mantém o alimento quente por mais tempo. 

Em relação à garantia, apenas duas marcas oferecem entre cinco e dez anos. “Esse item mostra a confiança que os fabricantes possuem na durabilidade dos produtos”, lembrou Dino. Vale destacar que, em casos de vício de qualidade, as lojas não podem exigir a nota fiscal para trocar a peça.

Em todas as avaliações, a melhor assadeira de vidro foi o modelo retangular, da marca Lunita, com 3,2 litros, encontrada para venda por R$ 30 a R$ 40. Já a escolha certa da PROTESTE foi a assadeira Carrefour Home, de 1,5 litros, comercializada por R$ 17. 

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